Assim como as mulheres passam pela menopausa, os homens também enfrentam uma fase de transição hormonal chamada andropausa. Embora menos conhecida, essa condição pode impactar significativamente a qualidade de vida masculina, trazendo alterações físicas, emocionais e sexuais. Neste artigo, vamos explorar o que é a andropausa, seus sintomas, diagnóstico e formas de tratamento.
O que é a andropausa?
A andropausa, também chamada de “hipogonadismo tardio” ou “deficiência androgênica do envelhecimento masculino”, ocorre devido à redução gradual dos níveis de testosterona no organismo. Esse hormônio, produzido principalmente nos testículos, é responsável por diversas funções, como:
- Manutenção da libido e saúde sexual;
- Produção de espermatozoides;
- Desenvolvimento e manutenção da massa muscular;
- Regulação do humor e energia.
Com o avanço da idade, é natural que a testosterona diminua. No entanto, em alguns homens, essa redução pode ser mais acentuada, levando a sintomas que interferem na saúde e bem-estar.
Quais são os sintomas da andropausa?
Os sintomas da andropausa podem variar de homem para homem, mas os mais comuns incluem:
- Redução da libido e disfunção erétil;
- Cansaço excessivo e falta de energia;
- Alterações de humor, como irritabilidade ou depressão;
- Dificuldade de concentração e problemas de memória;
- Perda de massa muscular e aumento da gordura corporal;
- Diminuição da densidade óssea (osteoporose);
- Ondas de calor e suores noturnos (menos frequentes, mas possíveis).
Esses sinais podem surgir gradualmente, e muitos homens demoram a perceber que estão relacionados à redução hormonal.
Como é feito o diagnóstico?
Se você está apresentando sintomas da andropausa, o primeiro passo é procurar um urologista ou endocrinologista. O diagnóstico geralmente inclui:
- Avaliação clínica: O médico analisará seus sintomas, histórico de saúde e estilo de vida.
- Exames de sangue: A dosagem dos níveis de testosterona total e livre é essencial para confirmar a queda hormonal. Outros exames podem ser solicitados para descartar condições associadas, como diabetes ou problemas na tireoide.
Quais são as opções de tratamento?
O tratamento da andropausa depende da gravidade dos sintomas e do impacto na qualidade de vida. As opções mais comuns incluem:
- Reposição hormonal:
- Consiste na administração de testosterona, que pode ser feita por meio de injeções, géis ou adesivos.
- Esse tratamento deve ser sempre acompanhado por um médico para evitar efeitos colaterais, como aumento do risco de problemas cardiovasculares ou câncer de próstata.
- Mudanças no estilo de vida:
- Alimentação balanceada: Reduzir o consumo de açúcar e gorduras ruins, priorizando alimentos ricos em nutrientes.
- Exercícios físicos: Treinos de força e atividades aeróbicas ajudam a melhorar a energia, a massa muscular e o humor.
- Gerenciamento do estresse: Técnicas de relaxamento, como meditação, podem contribuir para o equilíbrio emocional.
- Terapias complementares:
- Psicoterapia ou terapia de casal podem ser úteis para lidar com questões emocionais e de relacionamento.
A andropausa pode ser prevenida?
Embora não seja possível evitar a redução natural da testosterona, alguns hábitos podem ajudar a minimizar os impactos da andropausa:
- Manter uma rotina de exercícios físicos;
- Adotar uma dieta saudável e equilibrada;
- Evitar o consumo excessivo de álcool e cigarro;
- Realizar exames regulares para monitorar a saúde hormonal.
A andropausa é uma fase natural do envelhecimento masculino, mas não precisa ser enfrentada como um tabu. Com diagnóstico precoce e um acompanhamento médico adequado, é possível gerenciar os sintomas e viver com qualidade.
Se você reconhece os sinais da andropausa ou tem dúvidas sobre sua saúde hormonal, agende uma consulta. Cuidar de si mesmo é o primeiro passo para uma vida mais saudável e equilibrada.